sábado, 20 de outubro de 2007

SOMBRAS, SOBRAS E SOBRADO

Ando só, descalço pelas ruas cheias de percalços do que fui; onde fui-se...Vago pelas lembranças vagas de meu passado. Um vagão descarrilhado. Canso. Sento-me aqui, cabisbaixo, cá debaixo de uma sombra que assombra o sobrado que restou em meus sonhos. Ouço passos na calçada(é a Vida que passa) Lembro-me da sua voz – há tempos não a via ouvia. Encontro-me nu e jogado. Fantasio. Imagino vê-la passando na esquina ao lado. Corro desesperado, e sôfrego, esfrego as mãos para não congelar. Faz muito frio. Procuro-te mas não lhe encontro. Para onde foi ou se foi afinal? Insano, rio: lembro que te esqueci.