segunda-feira, 3 de agosto de 2009

P.S:

Pensava no que dizer, por onde começar, queria palavras bonitas, engraçadas, mas nada que parecesse papo de arquiteto(já notou que pra eles tudo deve ser feito sob medida?); queria algo espontâneo; me peguei pensando no significado de espontaneidade: ela não é absoluta. Talvez a capacidade de improviso é que torne alguém mais ou menos espontâneo - existe uma certa precognição que molda, às vezes refina, censura, enfim transforma o que pensamos em palavras - essa precognição em escala maior é a clarividência genuína, diria. Faz uns dez minutos que digito essas palavras, penso nelas há uma hora mais ou menos, é, já sei, não sou um cara espontâneo. Desculpa, temo não ter outra oportunidade tão cedo...Estou atrasado, mas não me diga que é tarde; isso parece muito tempo em qualquer fuso horário. Eu precisava fazer alguma coisa a respeito.